Pieces Of The Puzzle - 1x14 - A lenda de Jacques Beaumont

By Unknown - 19:09:00


Anteriormente em Pieces Of The Puzzle: O vulto era um menino de cabelos escuros e olhos bem azuis, o nome dele era Peter. Por coincidência, Amanda e Peter estavam na mesma aula de história, foi lá que eles se apresentaram direito. Nessa aula, o professor explicou a origem do nome da cidade em que moram. Era um história que um pesquisador (Jacques Beaumont) de mais de 600 anos atrás foi morto por uns homens que vestiam capa e capuz preto e não revelavam seu rosto. Mas esses seres não apenas mataram um homem, destruíram a cidade inteira, que apenas foi salva pois o filho desse historiador (Jacob Beaumont) sobreviveu e ajudou a cidade a ressurgir. Depois de sair do colégio, Amanda foi para sua aula de ballet. Até que...

PIECES OF THE PUZZLE  


Começou a tocar uma música... Que música era aquela? Eu conhecia aquela música, mas não me lembrava da onde. AHH SIM! CLARO! Era a música daquela noite no auditório, a música que eu e Matt dançamos. Sorri ao lembrar disso. Matthew começou a entrar na minha cabeça naquela hora, fui me desconcentrando e fazendo passos mais lentos e mais relaxados, que se a minha professora de ballet, Lilian, me mataria se visse. Lembrei da hora em que eu vi Matthew pela primeira vez: Eu havia acabado de sair do banho, estava de pijama e debruçada na janela, enquanto a brisa fria balançava meus cabelos ruivos. Eu olhava ao redor até que me deparei com um garoto loiro de olhos verdes que olhava para mim. Não me sentia bem sendo observada. Saí da janela. Mas naquele momento, eu não sabia bem ao certo quem me observava, até agora não sei direito, mas sei que ele me faz bem.


A música que me fez lembrar de tudo isso terminou de tocar e eu então parei de dançar. Desamarrei minha sapatilha e fui descalça até o vestiário, levando a ponta na mão. Troquei minha roupa pela mesma blusinha leve azul de manga comprida e calça jeans que eu estava antes. Não me importava de não ir vestida como uma rainha para o colégio. Peguei minha mochila com as minhas coisas e fui saindo. Apaguei as luzes. Eram umas quatro da tarde. Eu não tinha mais nenhum compromisso e provavelmente eu não seria atingida por mais um raio então fui pra casa. Gabe provavelmente já teria voltado da casa do amigo dele e meus pais, pelos meus cálculos, voltariam daqui a alguns dias.







Cheguei em casa. Vi Gabe no sofá assistindo TV. A porta fez barulho quando eu a fechei, nisso ele virou a cabeça em minha direção e abriu um sorriso.

-Mandy!!! - Disse Gabe, feliz.
-Gabe!!! - Falei com o mesmo tom que o meu irmão caçula.

Fui em direção ao sofá e dei um abraço nele.

-Como é que foi?
-Na casa do Octávio? Foi legal, a gente fez um monte de coisa e ele me mostrou a coleção bússolas do pai dele.
-Bússolas? Que tipo de bússolas?
-Eu não sei direito, umas bem antigas, algumas enferrujadas.
-Antigas?
-Sim, acho que nem funcionam mais. O Octávio diz que é de família. Passa de geração em geração.
-Sei - Falei pensativa - Vou até a cozinha pegar alguma coisa pra gente comer.
-Ta - Gabe disse sem tirar os olhos da TV, assim como nas falas anteriores.

Fui até a cozinha. Abri as gavetas e achei uma pipoca de microondas. Peguei a comida e coloquei no microondas até dar o tempo. Depois de estourada, levei a pipoca até o sofá para comermos no pacote mesmo. Entrei na sala e meu irmão caçula gritou:

-Pipoca!

Sentei ao seu lado e nós dois dividimos pipoca. Vieram os comerciais do filme. Em um comercial começou a passar as imagens de um edifício antigo.

-Venham visitar o museu de Beaumont! Conheça um pouco mais sobre a história de nossa amada cidade! Esperamos por você! - Soou na TV a voz do cara que falava no comercial.

História... História? Ahh sim! Eu tinha tarefa de história para a próxima aula. Uma pesquisa sobre aquele negócio que umas criaturas encapuzadas destruíram a cidade só porque queriam achar um tal de Jacques Beaumont. Até que eu achei isso um tanto curioso... Então decidi fazer aquela pesquisa naquela hora.

-Vou subir - Avisei Gabe - Tenho tarefa de história.
-Ta, mas...
-Ta bom, você pode ficar com a pipoca.
-Yes! - Ele comemorou.

Atravessei a sala e subi as escadas. Passei pelo meu quarto que era quase em frente ao escritório. Meu quarto estava bem iluminado com a luz do sol passando pela janela e deixando o espaço bem claro. Mas aquele não era o meu destino. Entrei no escritório. Ao contrário do lugar pelo que eu tinha passado há segundos atrás, o escritório estava com as cortinas fechadas, mas não estava totalmente escuro, pois a cortina era meio clara, então o carpete do chão refletia nas paredes e fazia o espaço ficar aconchegante.

Sentei na cadeira de frente para a mesa com o computador e comecei a fazer oque eu tinha vindo fazer. Esperei o computador ligar e entrei no google. Escrevi o nome da minha cidade (Beaumont) e coloquei para pesquisar. Com a cabeça apoiada nas mãos, já morrendo de tédio e vendo que não havia nada de interessante para colocar no trabalho, coloquei a seta do mouse para pesquisar usando outra palavra, tipo "história da cidade de Beaumont". Posicionei minhas mãos no teclado pronta para digitar, mas recuei. Tive uma ideia. Seria muito mais interessante do que pesquisar uma coisa tediosa sobre a história da minha cidade. Coloquei no google "lenda de Jacques Beaumont e criaturas encapuzadas". Instantaneamente apareceu vários sites, um embaixo do outro como "Lenda de Jacques Beaumont", "As criaturas assassinas de Beaumont", "Os homens misteriosos de capa negra de Beaumont" e outros, um mais convidativo  que o outro, que atiçavam a minha curiosidade.

Cliquei no primeiro: "A lenda de Jacques Beaumont". Mordia os lábios enquanto o site carregava. Finalmente a página abriu. Comecei a devorar as palavras. A cada dois parágrafos o site mostrava fotos assustadoras de umas criaturas sombrias, escuras, que escondiam o rosto debaixo de um capuz e o corpo embaixo de uma capa. Cliquei em outro site: "Os homens misteriosos de capa negra de Beaumont".  O mesmo esquema: alguns parágrafos e várias fotos sobre os seres encapuzados. Depois das fotos comecei a ler a outra parte do texto:

JACQUES BEAUMONT ERA UM PESQUISADOR QUE VIVIA ESCONDIDO COM SEU FILHO, JACOB BEAUMONT, EM UMA CASA ISOLADA DO MUNDO, QUE DEPOIS DA CIDADE TER SIDO DESTRUÍDA, SUA CASA NUNCA MAIS FOI ACHADA, NENHUM SINAL, NENHUM LIVRO, NENHUM PEDAÇO DE CONSTRUÇÃO QUEBRADA, A NÃO SER CINZAS. OS CIENTISTAS FIZERAM TODAS AS ANÁLISES POSSÍVEIS E DESCOBRIRAM QUE ERAM CINZAS DE PAPEL, OU MELHOR, DE UM RECADO. MAS INFELIZMENTE NÃO FOI POSSÍVEL SALVAR NEM METADE DO PAPEL. PORÉM, NO COMEÇO DO RECADO ELE RELATAVA ALGO QUE AS CRIATURAS SOMBRIAS NÃO QUERIAM QUE NINGUÉM SOUBESSE: UM MUNDO ESCONDIDO. ESSE TERIA SIDO O MOTIVO PELO QUAL OS ENCAPUZADOS DESTRUÍRAM A CIDADE EM BUSCA DE JACQUES. MAS O QUE HAVIA NESSE SUPOSTO MUNDO ESCONDIDO QUE OS HOMENS SOMBRIOS QUERIAM DEIXAR EM SEGREDO? ISSO NINGUÉM SABE, POIS O PESQUISADOR NÃO SOBREVIVEU PARA CONTAR E SEU FILHO NUNCA MAIS FOI VISTO.

Encostei minhas costas novamente na cadeira e passei a mão no cabelo. Droga! A parte que eu realmente queria saber ninguém sabe? Como assim ninguém sabe? Cerrei meu pulso de raiva.



Fechei a tela do notebook e levantei da cadeira. Saí do escritório, passei pelo meu quarto e vi através da janela que o dia não estava mais tão claro. Desci as escadas para ver como Gabe estava, pois agora eu era quem tomava conta da casa. Meus pais sempre faziam dessas viagens longas, claro, porque meu pai era pintor e minha mãe escrevia livros então quando ele viajava para expor suas obras, ela ia junto e aproveitava para expor seus livros ou ter inspiração para os próximos. Gabe estava assistindo TV deitado no sofá com um cobertor fininho e quente. O pacote de pipoca estava nos pés do sofá. Fui até ele, sentei e apoiei minha cabeça nas mãos.

-Fez seu trabalho de história? - Ele perguntou.
-Fiz... - Menti, eu não havia feito o trabalho em si, apenas pesquisei. Havia esquecido de passar para o papel, mas faria isso depois.
-E sobre oque era?
-Err... Era sobre... - Estava tentando achar uma versão da história que não o assustasse tanto - Era sobre como Beaumont foi fundada, um tal de Jacques lá que veio e colocou uma bandeirinha aqui pra dizer que a cidade já tinha dono, coisa chata sabe?
-Sei - Ele riu.

Passou uns cinco minutos sem ninguém falar nada até eu quebrar o silêncio.

-Vou subir tomar banho ta?
-Ta. Eu já tomei.
-Que bom. Vou subir.

Subi as escadas novamente. Não iria passar pelo meu quarto, pois o primeiro cômodo depois das escadas é o banheiro, depois meu quarto, o escritório, o quarto do Gabe e por fim o quarto dos meus pais, mas eu passei por lá pois eu queria ver se o dia ainda estava claro, mas não, já era noite. Voltei ao banheiro. Enquanto a banheira não enchia, fui pegar a toalha e minhas roupas. Abri o guarda-roupa e peguei meu pijama: um shorts curtinho azul com uma camiseta branca com detalhes em azul na manga e na gola. Peguei minha roupa e a toalha, voltei para o banheiro e vi a banheira já cheia de água, então entrei. Deixei meu cabelo preso para não molha-lo e passei o sabonete pelo meu corpo. Me enxaguei e fiquei um tempo ali sentindo a água no meu corpo. Então levantei, me enrolei na toalha, me sequei e me vesti. Soltei meu cabelo e finalmente fui para o meu quarto.







Me olhei no espelho e joguei meu cabelo para frente e para trás. Respirei fundo e fui caminhando em direção a porta, mas recuei. Eu tinha ouvido um barulho. Deixei de lado e continuei. Ei ia descer o primeiro degrau da escada para ver como meu irmão estava, mas o barulho me atrapalhou mais uma vez. Olhei para traz e esperei até ouvir o barulho de novo. E aconteceu. Fui caminhando lentamente em direção a porta do meu quarto para ver oque era aquele som, eu estava com medo. Ouvi o barulho de novo e de novo, repetidas vezes. Até que cheguei na porta. Vi uma perna sair de trás da minha cortina. Entrei em desespero, mas em silêncio. Comecei a  respirar cada vez mais rápido. Então a pessoa foi saindo do seu esconderijo e eu dava passos para trás. Até que o ser se mostrou para mim...




CONTINUA








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0 comentarios

Oi gente !! Então primeiramente bem-vindos ao novidades !! E agora o assunto > comentários ! Bem uma coisa que eu amo é gente que comenta (#amo) Bem mas tive que colocar essas regrinhas , pois tava tendo uns comentários muito sem noção !! Então vamos lá :

-Explicar as frases com duplo sentido
-Sem xingamentos com as autoras
-Pode falar mal (faze o que ) mas sem exageros


ps : todos os comentários são respondidos , e cada autora tem um jeito diferente de responder !

Então é isso !

-IsabelaB